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Melissa Dyana Shield - Ceifadora

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Mensagem por Melissa D. Shield Ter Set 20, 2011 12:58 am

Chegada ao Inferno




As paredes riscadas do dormitório me causavam pelo menos um problema por semana.Um puxão de orelha, uma sessão de palmadas ou algumas horas ajoelhada repetindo palavras sem sentido que as freiras chamavam de oração.Estranho é que nem mesmo eu sabia por que fazia aqueles desenhos, era como se eu entrasse em algum tipo de transe e as imagens iam aparecendo, uma a uma.Assim como as orações, os símbolos não faziam sentido algum para mim, mas ainda sim eu sentia um espécie de conexão.
Eu acordava todos os dias com os sussurros de Audrey, ela não era como todas as outras meninas do colégio, mas ainda sim preservava as tradições do catolicismo, rezava antes de dormir, ao acordar e também antes das refeições.Eu fingia fazer o mesmo, mas cada palavra saía vazia, uma simples sentença que se repetia sem efeito algum, mas para Audrey parecia fazer algum sentido.
Eu a respeitava por que ela me respeitava, ela era a única ali que fazia o mesmo.Eu agradecia mentalmente todos os dias, não a deus, eu não acreditava que havia um deus, mas à presença que eu sentia o tempo todo a me observar, a sombra que aparecia durante meus sonhos, e que me fazia acordar antes que eu pudesse ver seu rosto, como se fosse perigoso para mim saber sua identidade.
Desde antes de eu chegar até ali, desde que eu consigo recordar eu sinto isso.Audrey me disse que era deus, mas deus não deixaria tanta coisa ruim acontecer comigo sem interferir.Não, não podia ser deus.Eu assenti ao palpite de Audrey para não magoá-la, eu fazia isso à vezes quando se tratava doa assunto.
Eu fazia a mesma coisa a anos, desde que minha mãe me colocara naquele lugar horrível, ainda muito pequena, devia ter uns cinco ou seis anos de idade, mas a impressão é que vivi o mesmo suplício a vida inteira.Eu não me lembro mais de minha mãe, eu só me lembro daqueles olhos, aqueles grandes olhos azuis cor de reprovação.Eu jamais poderia esquecer aquele olhar, o último que me fora lançado, o mesmo olhar que eu encaro todos os dias ao olhar para o espelho.
Minha mãe nunca ligou para mim de verdade, até onde eu me lembro, eu tinha uma babá.Minha mãe, dama da alta sociedade, beata e importante membro da Liga da Caridade Britânica jamais me levara para passear.Eu não podia sair de casa, e passear apenas no jardim dos fundos.Mesmo assim, apenas nos fins de tardes, quando os vizinhos poderiam me ver, nenhum deles sabia da minha existência.Eu vivi mais de cinco anos numa casa grande e vazia, era rica mas não tinha nenhum brinquedo.Era como se eu não existisse ali.Era como minha mãe queria que fosse.Certa vez, quando eu tinha cinco anos, eu consegui escapar da babá e corri para o jardim da frente, era outro mundo, na concepção de uma criança, o próprio paraíso.Foi a maior surra que já havia levado na vida.Minha mãe me pegou pelo braço apertando-o, deixando um profundo hematoma.Eu levei tapas e cintadas em todos os lugares que ela conseguiu acertar, minha mãe gritava coisas que eu mesma não conseguia ouvir de tanto pavor.Ela mandou a empregada arrumar minhas roupas, eu estava aterrorizada, chorando a um canto do quarto, encolhida, sangrando e cheia de hematomas.
Chovia, chovia demais, e pela primeira vez eu saí de casa.Mesmo consultas com médicos eram realizadas em minha casa, eu não sabia o que era um parquinho infantil, eu não conhecia outras crianças.Mas a dor e a mágoa que me tomavam por completo me impediram de ficar impressionada com a grandeza do mundo lá fora.Eu entrei no carro ainda empurrada, minha mãe não gritava mais, era tarde, eu tinha sono e fome, mas ninguém parecia se importar.A monstra me mandou abaixar a cabeça, como se eu fosse um produto ilegal, uma coisa vergonhosa que ela tentava esconder.Eu obedeci, com muito medo de apanhar mais, eu olhava para a babá, que parecia também um pouco assustada, mas ela parecia ver além de mim, como se eu fosse transparente.Eu nunca sentira afeto algum por ela, mas qual seria o motivo de tanta raiva de uma criança?
Me lembro que só pude levantar a cabeça quando chegamos a um lugar grande e frio, eu havia adormecido no carro, me sentia ainda mais dolorida, fui acordada com tapas e sacudidas, aquilo era desnecessário, mas minha mãe parecia ter prazer em me maltratar.
Desci do carro com o rosto coberto com uma manta preta, assim como havia entrado.Eu era o motivo da vergonha de minha mãe, a mácula em seu passado alvo de mulher viúva.Fui deixada a um canto do salão, permaneci imóvel.Minha mãe entrou em uma sala com uma mulher velha que vestia uma roupa que eu nunca havia visto antes, uma espécie de vestido que aguçou minha curiosidade.Segui as duas com o olhar, sem ter coragem de me mover ou dizer palavra.Esperei alguns instantes, era ótimo ficar longe de minha mãe, eu não queria mais chegar perto dela.
Ao final dos meus poucos minutos de paz, eu ouvi a porta se abrir novamente.Notei que minha mãe tinha um corte no rosto que até então eu não havia notado.Percebi também que não lembrava de como havia conseguido todos aqueles ferimentos, apenas flashes me vinham à mente, mas era como se meu cérebro tivesse bloqueado aquela lembrança tão traumática.Eu a vi se afastar, e a segui, com passos leves para não fazer barulho.Minha mãe se dirigiu à saída, comigo em seus calcanhares.A babá ainda estava na porta do carro, segurando duas malas, que entregou à senhora de vestido engraçado.
Quando eu fiz menção de seguir e entrar no carro, a senhora que me acompanhara até então, bloqueou minha passagem.Eu estava confusa, eu queria fugir de tudo que me atormentava, mas ao mesmo tempo eu não sabia se o desconhecido poderia ser pior.
Estremeci, eu queria fugir, mas me faltavam forças, o carro foi embora e pela última vez eu vi aquele olhar dirigido a mim.Ele me penetrou de uma maneira que eu jamais esqueci.A freira teve uma breve conversa ao me dirigir ao dormitório, carregando as minhas malas.Me lembro que ouvir muitas vezes o nome "Deus" e algumas vezes a frase "fora de controle".Eu não entendia nada daquilo, muito menos prestei atenção.Mas naquele dia que começaram os meus problemas.E eu só queria passear no jardim.
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Mensagem por Melissa D. Shield Qui Set 22, 2011 11:20 pm

As coisas como eram antes...


Fui colocada a um dormitório "especial", que ficava bastante próximo ao dormitório das freiras e, não por acaso, tinha trancas que se fechavam pelo lado de fora.Para a minha surpresa, eu não era a única lá, havia uma garota, de cabelos loiros e olhos claros, muito abatida, um anjo que caíra do céu.Ela parecia ter a mesma idade que eu, e visivelmente frágil, tive medo de me aproximar, tanto por causa de sua aparência, quando por não ter convivido com outras crianças a vida inteira.
Parei escorada na porta, como se quisesse manter a maior distância possível. A freira jogou minhas malas a um canto e me ordenou que trocasse de roupa e fosse dormir logo, pois já era tarde.Assustada, não tive a chance de dizer-lhe que precisava de um banho e estava com fome, na verdade até havia esquecido tais detalhes frente a tamanha novidade.A Madre Muriel, deixou-nas a sós, trancando a porta pelo lado de fora.
Hesitei em sair do lugar, a garota me olhava no escuro, eu mal podia distinguir suas feições.Tomei coragem e cheguei mais perto, ela me olhava com grande curiosidade, eu me sentia estranha com aquilo, eu costumava ser invisível para as pessoas, e por um instante, olhei para trás, temendo não ser o foco do olhar da garota.
Avancei, em direção a cama vazia ao lado da cama da garota, ainda perseguida por seu olhar curioso de criança.E eu também não conseguia desgrudar os olhos dela, algo em sua face despertava meu interesse.Fora o fato de que era a primeira criança que eu conhecia, havia algo de diferente na sua expressão.
Sentei-me na cama, tirando os sapatos molhados muito devagar, eu sentia medo de assustar a garota com um movimento brusco.A essa altura, ela estava sentada na cama.Assim que terminei de retirar os sapatos, a garota subitamente acendeu o abajur na mesa de cabeceira situada entre as nossas camas.
- Oi!Sou Audrey!
O susto e a velocidade da pronúncia das palavras da garota foram tamanhos que eu pulei na cama, assustada, meu coração pulou, e quando voltei minha atenção para o rosto da garota, eu compreendi a razão da minha curiosidade.Ela não parecia ter a minha idade, ela parecia mais velha, uns três ou quatro anos mais que eu, mas com a expressão de uma criança de três anos, seus olhos brilhavam de uma maneira que me fez ensaiar um sorriso, mas eu não sabia como lidar com a situação.
- De-desculpe, eu não entendi o que você falou...
Ela pulou de sua cama para a minha, mas dessa vez o susto foi menor.
- Audrey, eu sou Audrey! Quem é você?
Ela não esperou uma resposta minha, ela nem parecia estar prestando muita atenção, Audrey passou a mão pelo meu cabelo depois pousou-a em meu rosto, olhando como se o examinasse.Fiquei imóvel, eu tinha vontade de afastá-la, mas não tinha coragem.
- Por que tão triste?
Fiquei pasma, gaguejei alguma coisa, mas era difícil definir o que ela quera dizer com aquela pergunta, afinal, eu não sabia como era ser diferente daquilo.A única vez que eu experimentara um sentimento diferente, desencadeara o pior trauma que eu poderia ter, e havia sido apenas um passeio no jardim.Pela primeira vez em muito tempo, eu sorri.Audrey era diferente das pessoas que eu conhecia, ela não sentia medo ou raiva, ela olhava para mim como uma igual, ela até...se preocupava comigo.
Nós conversamos pelo resto da noite, ela parecia ter um vocabulário um tanto limitado, mas não se diferenciava muito de mim.Eu nunca havia aprendido a ler, e mal falava, havia aprendido poucas palavras, com Audrey eu me sentia livre para me expressar.
Na manhã seguinte, a Madre me chamou, fui receosa até a sua sala, com Audrey em meus calcanhares, mas ao chegar lá, a Madre ordenou que a garota ficasse do lado de fora.Eu tremia dos pés à cabeça, temendo levar outra surra ou coisa parecida, na companhia de Audrey eu até havia me esquecido das dores, mas ao entrar na sala cada fibra do meu corpo latejava.
A Madre mandou que eu me sentasse, com o tom extremamente formal, e parecendo calma, apesar de visivelmente incomodada com a minha presença, eu relaxei um pouco quando ela contornou a mesa e sentou-se na poltrona, ficando de frente para mim.
A mulher do vestido engraçado, como eu havia identificado na noite passada, me explicou que Audrey tinha uma doença, ela tinha oito anos, mas apenas seu corpo se desenvolvia, mas sua mentalidade continuaria para sempre a de uma criança de cinco anos.E eu havia sido posta no mesmo quarto que ela por que, segundo boletins médicos trazidos por minha mãe, eu também sofria de transtornos mentais diversos.
Saí da sala chocada, eu desconhecia tanto os meus problemas quanto os de Audrey, e ao me deparar com ela, percebi sua expressão, idêntica a da noite passada, me perguntando "Por que tão triste?".Ela jamais entenderia, então sorri, eu queria que Audrey fosse feliz, e eu a protegeria dali em diante.
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Mensagem por Natasha Bertrand Sex Set 23, 2011 11:35 am

Hm... Eu estou adorando.. Continue ^^
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Mensagem por Melissa D. Shield Sex Fev 22, 2013 1:08 am

A Gota d'Água


Em alguns anos no internato não recebi nenhuma visita, descobri que Audrey tinha pais, e eles, a pedido dela, me mandavam presentes nos meus aniversários, nunca cheguei a conhecer os senhores Montgomery pessoalmente, mas Audrey parecia ter muito afeto por eles.
No meu aniversário de 15 anos recebi o costumeiro presente dos pais de Audrey trazido por ela, era um belo par de tênis próprios para esporte.Fiquei muito agradecida pelo presente, afinal, além da companhia de Audrey, a única coisa que eu apreciava ali eram os jogos de Rugby (estranho praticarem rugby numa escola de freiras, não?).Era praticando esportes que eu conseguia estravazar, e eu era boa nisso, além do mais, as outras meninas sentiam um considerável medo de mim, o que tornava as coisas muito mais fáceis.
Durante os 10 anos que passei enfurnada no colégio de freiras eu conheci muitas palavras, entre elas, louca, demente, retardada, entre outras.Muitas vezes eu simplesmente esquecia meu nome pois ninguém se referia a mim por ele.Entendi também o que é dislexia, um transtorno mental que me fazia incapacitada de ler.Até onde eu sabia, havia métodos para ensinar disléxicos a ler, mas as freiras não se preocupariam tanto assim comigo.Com o passar dos anos acabou se tornando mais difícil lidar com Audrey. Eu a amava incondicionalmente mas era difícil fazê-la compreender que ela era grande agora, e que as pessoas são cruéis.Muitas das meninas zombavam de Audrey, ela não entendia o porque, chorava a noite inteira, no dia seguinte eu acabava batendo ou ameaçando as garotas que zombavam dela e ia pra detenção, mais palmadas, mais puxões de orelha, mais orações de joelhos, era sempre a mesma coisa, mas eu precisava proteger Audrey, eu não me importava que zombassem de mim (o que não faziam na minha frente por puro medo), mas eu podia me defender sozinha, eu não aceitava que os sentimentos dela fossem magoados.
Foi numa dessas ''brincadeiras'' que garotas más fizeram com Audrey que eu descobri que algo havia mudado em mim. Era tarde, depois de um jogo de rugby, eu cometi uma falta em cima de uma garota, Lana era o nome dela, e ela resolveu se vingar de mim, ela conhecia meu ponto fraco.estávamos eu e Audrey no vestiário (nós só podíamos usá-lo quando todas terminassem, por isso estávamos sozinhas) tomando banho, eu já havia terminado e fui buscar uma toalha pra Audrey, quando voltei, algumas garotas, a mando de Lana, haviam tirado Audrey do banho a força, ela ainda estava nua, com os cabelos ensaboados, as garotas bateram nela e estavam enfiando a cabeça da menina no vaso sanitário, ela já estava quase sem ar. Eu parei na porta em choque por um segundo, eu não conseguia raciocinar direito, mas flashes de todos os abusos que eu já havia sofrido me passaram pela mente, eu não me importava comigo por que eu secretamente entendia que eu era merecedora de todo o sofrimento, mas Audrey não, Audrey merecia ser vingada.
Eu não vi mais nada, na minha memória tudo que permaneceu foram gritos e alguns flashes, era como se eu fosse uma besta, uma besta sedenta por morte.Audrey foi parar no hospital, as outras três meninas também, com profundos cortes e té alfumas fraturas, mas aquelas eu desejava que morressem.
A minha punição foi um exorcismo.Isso mesmo, os relatos das meninas atacadas revelaram um ''demônio'' em minha alma.Não havia demônio nenhum, era eu, era a minha verdadeira natureza se manifestando.Não preciso comentar que apanhei muito no processo, aparentemente as freiras queriam acabar com o demônio e comigo também, dois males com um único esforço.O padre que foi chamado para fazer o meu exorcismo me causa repulsa só de lembrar.Uma única vez ficamos sozinhos supostamente para ele fazer um ritual, mas em vez disso, ele tentou...me tocar, de uma maneira estranha.Eu não era lá a pessoa mais religiosa ali, mas eu sabia que um homem tocando o meu corpo não era certo,e, antes de ele chegar a certas partes, fingi estar possuída, fiz uns barulhos estranhos, fingindo que falava outra língua, ele se assustou, e então eu entendi que ele não acreditava realmente que eu estivesse possuída, ele simplesmente estava querendo aproveitar da minha vulnerabilidade.Gostei do jogo, passei a atormentá-lo cada vez que ele entrava no quarto, falava coisas obscenas para ele na frente das freiras, até que tive que parar, ou aquela tortura continuaria para sempre. Eu ansiava por notícias de Audrey,mas as freiras somente me respondiam que ela ficaria melhor sem mim.Foram três meses de reclusão, pancadas e a agonia de não saber o estado de Audrey até que então, o padre me ''liberou'' para voltar as atividades normais, justificando que eu já estava totalmente ''curada'' e que os demônios não voltariam a me atormentar.A verdade é que eu havia feito tanta pressão psicológica no pobre homem que ele acabou acatando às minhas sugestões.
A única coisa importante que eu consegui entender no meio de toda aquela confusão foi o porque de os pais de Audrey não irem visitá-la.Ansiosa por respostas sobre a garota, agucei o ouvido para a conversa de duas freiras e escutei a informação que caiu como um relâmpago na minha cabeça.A irmã Dora dizia à irmã Claudia que Audrey vinha de uma família muito rica, e eles, assim que descobriram a doença da menina, trataram de dá-la como morta, trancafiando-a num convento onde ela jamais pudesse sair, eles cuidaram para que um assessor enviasse cartas e presentes de vez em quando, mas procuraram esquecer da existência dela, e conseguiram.
A novidade caiu como um raio na minha cabeça, como eu diria isso a Audrey? Como eu explicaria que ela era como eu? Sem pai, mãe, família? Naquele momento eu odiei a educação cristã que recebemos, se Audrey pelo menos entendessem que as coisas são como são e não "por que Deus quis" ela não se sentiria culpada, ela não sofreria tanto, eu só queria poder protegê-la, portanto eu não podia contar.
Uma ideia louca me passou pela cabeça, eu precisava sair dali, eu precisava levar Audrey comigo, eu a levaria até seus pais e eles não poderiam mais fingir que ela estava morta, eles não teriam coragem, eles não a abandonaram por completo, como minha mãe fez, eles a deixaram amparada, eles não conseguiriam dizer não, e no momento em que Audrey estivesse segura, eu poderia seguir meu caminho e tomar conta de mim.Eu iria fugir dali, e tinha um plano.

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