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Fan Fic - Reino de Kual, By: Victoria G. Kraft.

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Fan Fic - Reino de Kual, By: Victoria G. Kraft. Empty Fan Fic - Reino de Kual, By: Victoria G. Kraft.

Mensagem por Victoria G. Kraft Seg Out 17, 2011 11:37 pm

Episodio Um: Quando a escuridão toca o mundo.
Os três sóis de Kual estavam praticamente se alinhando naquela manhã orvalhosa. Mannutis(pequenos porcos voadores), ganhavam os céus, em bandos graciosos, disputando espaço com as vorazes gaivotes, que mergulhavam constantemente em busca de um peixe, na costa da praia branca da Ilha dos Grifos. Naquela manhã, uma mãe e sua filha colhiam ervas especiais, para uma cerimônia durante a qual a garota se tornaria uma adulta. Deyn Victoria já tinha dezesseis anos, e estava pronta para ganhar o mundo e realizar seu maior sonho. Ir embora daquela ilha tropical esquecida pelo mundo, e visitar todas as partes daquele mundo que parecia tão maravilhoso e amedrontador, ao mesmo tempo. Carregando atrás de sua mãe um imenso cesto, ela achava muito injusto que seus dois irmãos, bem maiores e fortes, nunca fossem escolhidos para colher nada. Mas naquele dia ela estava se tornando uma mulher, então iria reclamar.
- Mamãe, a senhora é a líder desta Ilha, e protege a todos com sua magia. Poderia escolher qualquer um para ajudá-la, inclusive meus irmãos. Então por quê eu? - indagou, sentindo que o peso da cesta parecia multiplicar-se.
- Filha amada, aquele que trabalha sem se lamentar é o Senhor do Mundo. Mas bem, creio que você esteja na idade de saber de algumas coisas. - a poderosa Ba-AH, Sacerdotiza dos Grifos, levantou-se e esticou a coluna. Seu corpo roliço parecia mil vezes mais forte, com toda aquela sabedoria. - Acontece que a magia das Fadas, não é coisa para mortais. - aquela frase foi como um choque para Deyn Victoria. Não porque fosse algo fantástico falar sobre Fadas, mas porque elas já haviam sido extintas há quase um milênio inteiro. Ou ao menos assim contavam as velhas lendas...
- Mãe, somos Fadas? - não tinha como se segurar. Era uma pergunta inevitável.
- Somos, não. Você é. Eu sou uma humana, a quem poder foi concedido pelos deuses para guiá-la em sua busca. Não percebe, filha? Desde pequena, quando seu cestinho veio à mim na costa das Praias Brancas, eu sabia que você não era humana. Por isso não há humanos nesta Ilha. Não há ninguém para saber a diferença entre você e seus irmãos. - pensar nisso só tornava tudo real. Ao comparar-se com seus irmãos, lembrou que o mais velho, Stefano Rowks, era moreno e forte. O outro do meio, era bem esguio, mas não era filho biológico de Ba-AH, assim como ela não era. Com seus olhos violetas, longos cabelos vermelhos como fogo e pele branca feito a neve, não poderia ser como os humanos. Suas unhas também não quebravam nunca, e ela tinha um enorme trabalho para controlar seu crescimento.
- Mas e o Haws? - pensava no irmão do meio, que não parecia com Ba-AH, nem Stefano. - Ele é do povo das fadas?
- Não. Mas assim como você, ele tem sua própria história. A sua, estará ligada a de todos, mas não lhe cabe conhecê-las profundamente. A mim compete saber, como a você compete aprender, criança. Agora vamos à praia. Quero refrescar meus pés... - a verdade era que uma intuição, que remexia-se como um vulcão dentro de Ba-AH a dizia para ir até a beira da praia, saindo da floresta que cercava a Vila, com sua muralha verde natural.
As duas caminhavam silenciosamente. Descobrir que você é o último de uma raça, faz isso com a gente. Deyn sentia-se como se um buraco em seu estômago estivesse aberto, e como se a cesta não pesasse nada, se comparada aos seus ombros. Ba-AH cantarolava uma antiga balada sobre uma Guerra na Neve, e um meteoro negro, que todos na Vila conheciam bem. Pegas pelo sol caridoso, sentiram paz em seus corações, surpresas por não o terem notado em seu esplendor antes. Estavam já molhando os pés, quando notaram algo não muito longe. Um homem, ou rapaz, estava caído na areia e parecia ferido no peito. Correndo para socorrê-lo, Ba-AH agradeceu aos deuses por ter recebido a intuição. Apoiado por Deyn, ele bebeu um preparado que a velha carregava consigo, para abafar a dor. Um pouco distante, uma cratera havia sido formada na areia, como se ele houvesse caído do espaço direto na ilha. O rapaz tinha pele branca, cabelos que iam até o ombro, loiros e lisos. Olhos azuis que pareciam os rios da Galohdar, e orelhas pontudas, que amparavam seus traços altivos. Com um ofegar, Ba-AH reconheceu um Elfo das Montanhas. E como se garras de ferro envolvessem seu coração, sentiu aproximar-se a profecia de sua vida. Não poderia mesmo perder tempo.
- Filha, leve para mim todas as ervas. Eu levarei o menino para nossa cabana. - pegando sozinha o rapaz no colo, que estava desacordado pela perda de sangue, Ba-AH segui na direção da trilha que levava à Vila Plu, lugar onde vivia com seus filhos e as criaturinhas humanóides que habitavam a ilha, os gnomos.
Também haviam muitos grifos imponentes, que se mantinham um tanto afastados da vila, num sub-vilarejo. A caminhada pareceu eterna, e muito mais difícil do que relamente estava sendo. Mas diferente de Deyn Victoria, Ba-AH não parecia mais cansada do que quando começou a andar. Mostrava-se ali o poder de uma sacerdotiza. Já estava entardecendo quando chegaram à vila. Foram recepcionados pela rotineira Feira de Plu, onde gnomos vendiam de texugos de caça, até armas trazidas de além mar, forjadas por anões. Inclusive, uma delas fora o presente do irmão de Deyn, ao tornar-se adulto. Ele jurara a ela esperá-la completar a maioridade, para que juntos pudessem viver aventuras no mundo além. Aos dois, Hawns se unira, pois era o mais neutro de todos. Então, os irmãos da nova Fada estavam tão felizes quanto ela por estar sendo iniciada. Ou até mais.
Foram recepcionadas por Stefano, que vinha do trabalho como lenhador da vila. Hawns os observava da porta de casa, com seu olhar vazio e expressão pensativa. Seu corpo esguio deixava a cauda profusa em evidência, revelando também que ele não era humano, como agora Victoria podia confirmar. Ao perceberem o forasteiro ferido, vieram ajudá-lo, levando-o para uma cama na aconchegante cabana da sacerdotiza. Ali, ela limpou e esterilizou os ferimentos do rapaz, pedindo que seus filhos se retirassem, enquanto ela ensinava encantamentos de cura para Victoria, que agora que sabia de suas origens, levava tudo mais a sério. Depois, com suas feridas encantadas e enfaizadas, o forasteiro elfo passou a dormir como um anjo. Chegaria o momento de saber a verdade, mas não seria aquele. Saindo para os preparativos da festa, Ba-AH mandou que todos deixassem o menino em paz. Não fazia bem perturbar-lhe o sono. Trabalhando em cooperação, toda a vila se preparou para um espetáculo, com lâmpadas à óleo, e chamas etéreas(fogo artificial que não queima), brilhando por todo o lado. Com a ajuda de Stefano, os gnomos prepararam uma imensa fogueira, onde Victoria seria iniciada à vida adulta. Era o ano de Wyvern, Deus do Gelo, portanto iniciações naquele ano deveriam homenageá-lo, com o calor do fogo. Aos poucos, grifos e gnomos foram se unindo ao redor da fogueira, cada um trazendo consigo um prato diferente. No fim havia um enorme banquete, e todos festejaram, comeram e beberam vinho, em conversas animadas. Ao chegar da meia-noite, todos silenciaram. Era a hora da Sacerdotiza se pronunciar.
- Meus irmãos e amigos em espírito. É com grande alegria que inicio Deyn Victoria à vida adulta! – comemorou Ba-Ah, sob ovações das criaturas. – Meus irmãos, para esta noite, falarei-lhes sobre uma lenda antiga. Mais precisamente nascida há novecentos anos atrás, quando nosso mundo mudou drásticamente. Peço a todos concentração, pois esta narrativa requer harmonia, e união…
“ Há novecentos anos, nosso mundo não se parecia em nada com o que era agora. Até mesmo a posição dos continentes e ilhas eram diferentes, assim como a das constelações. Nosso mundo, como todos sabem, sempre foi protegido e mantido pelos oito deuses. Wyvern, o Elfo Montanhês do Gelo. Kraken, a Fada da Luz. Igna, Mulher-Leopardo da Terra. Tian, Anão da Terra. Tanatohs, Demônio da Escuridão. Sevastan, Lobisomen do Trovão. Laster, Elfa Selvagem da Água. E Tyrau, Homem do Vento. Juntos, estas oito divindades mantiveram o equilíbrio através de seus povos, que viviam em guerra por territórios e diferenças de opiniões fúteis. Mas nenhuma Guerra se comparou à Grande Guerra na Neve, que durou sete anos inteiros, e que culminou na extinção de dois povos.
Movidos por disputas de recursos naturais, a guerra entre as Fadas e os Elfos Montanhezes estourou quando um nobre diplomata Elfo foi morto no Reino das Fadas, ao se referir ao local como bárbaro e desprezível. Convenhamos, palavras chulas para um diplomata. Como era muito caro ao Rei, sua morte foi entendida como uma declaração de guerra, e a matança começou. Mulheres, crianças, idosos, todos tiveram de pegar em armas, tamanho era o ódio entre os povos. No oitavo ano de guerra, um conselho de bruxos de cada país foi reunido, com o objetivo de invocarem suas divindades em pessoa, e decidir quais eram mais fortes. Fatigados da batalha constante, aquele que restaram dos povos perdidos comtemplaram a Aurora Negra, de onde surgiram Kraken e Wyvern, e enfrentaram-se em uma fúria nunca antes vista. O príncipe élfico, assim como a princesa feérica, foram salvos por uma humana, e levados para longe daquele local na calada da noite, enquanto os deuses se enfrentavam se cessar. Diante daquele acontecimento cósmico, toda a magia dos dois povos foi retirada para os deuses, e através da Aurora, os outros seis ameaçaram surgir, e consumir nosso mundo em caos e desequilíbrio. Naquele momento, um meteoro negro caiu dos céus, vindo dos confins do universo. Sua queda provocou uma explosão, que acredita-se tenha deixado os dois países em ruínas, banido e fechado novamente a Aurora Negra, e destruído a vida do príncipe élfico, da princesa feérica(das fadas), e da bruxa humana que os salvou.” – com uma pausa, Ba-AH suspirou, e fitou fixamente Victoria. – Aqui chegamos ao ponto que todos acreditam começar a lenda, pois os demais acontecimentos foram registrados e comprovados pelos escribas de Galohdar. Segundo diz o povo, com a queda do meteoro uma nova criatura surgiu. Nascida da desordem provocada em nosso mundo, suas trevas deram origem aos montros que hoje nos atormentam. Também ali, nos reinos gelados do Norte, seus territórios foram fixados, onde ele comanda toda a destruição de nosso mundo. A única possível prova de tal crença, é que nenhum aventureiro que chegou às Terras do Norte, jamais voltou. Mas acredita-se que quando foram banidos de nosso mundo, toda a magia dos deuses que ainda havia foi transportada para oito Runas Antigas, que estão escondidas nos nossos oito reinos até hoje. Naturalmente ninguém jamais as encontrou.
- E o que aconteceu com o príncipe e a princesa? – indagou Hawns, lembrando que já ouvira a lenda muitas vezes, mas não se interessara porque não poderia viver aventura alguma. Mas agora era diferente.
- Acreditam que estejam mortos. A parte que nos conta da vida deles só não é considerada lenda, pois a bruxa que os salvou vive, e está aqui lhes dizendo tais coisas. Eu estava lá, e lhes afirmou que com sucesso, salvei os dois filhos nobres, mesmo que os Grandes Reis tenham pregado o contrário. Os próprios deuses me escolheram, para salvar a vidas das crianças cujos destinos poderiam salvar nosso mundo. – contou Ba-AH, deixando Deyn em choque. Se ela era a última fada viva, e se Ba-AH havia salvo a princesa, então… Ela era uma princesa de novecentos anos? Preferiu não falar nada para não deixar a todos preocupados, mas estava realmente passando mal. Como podia ter tanta idade, se só se lembrava de ter vivido os últimos dezesseis anos? – Mas o que diz esta velha, não muito importa. O fato é que: Nossa jovem hoje se tornará uma mulher, e poderá desbravar todo o mundo de Kual. Portanto é importante que saiba: Nem tudo é como nos livros. Existem forças poderosas em nosso mundo, forças que pregam o Mal Eterno. Devemos estar atentos para enfrentá-las, e vencê-las. Está encerrada a iniciação. – às últimas palavras de Ba-AH, toda a vila se cumprimentou e se despediu. Abraçando seu melhor amigo gnomo, Tripatorpe, Victoria sentia que ainda precisava saber de muitas coisas importantes. Mas algo interrompeu seu racioncínio, pois da densa floresta ao redor da Vila, ruídos estranhos, que não pertenciam à nenhuma criatura nativa, puderam ser ouvidos em alto e bom som. As árvores começaram a se sacudir, e uma ventania intensa anunciava a vinda de algo desconhecido, perigoso e muito, muito maléfico…

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Mensagem por Orion Delagarth Ter Out 18, 2011 5:43 am

Uia! *-*
Muito, muito bom! Ficou enorme mas muito bom, extremamente criativo. O Elfo que estava na praia é o príncipe élfico, né?! Post a continuação rapido, please!!!
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