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Relatos de um Revoltado Apaixonado. [+16]

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Mensagem por Tarkayn Baratheon Qui Jul 21, 2011 8:26 pm

Isso não é uma fanfic, sim uma história que se baseou em um fato real. Não peço para que leia se não tiver vontade, ela terá no máximo três capítulos e só vai relatar uma página na vida de um garoto qualquer, insignificante e doente, que se meteu em uma situação que ele não esperava estar. Recomendada para maiores de 16 anos, pois contem palavreado de baixo calão e violência explicita.


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“Together we made it...” Foi o verso que ecoou em minha cabeça quando acordei daquele pesadelo. Não. Não era um pesadelo. O verso da música do Linkin Park e Bhusta Rhymes só havia me tirado de um transe que tinha me deixado estático. Bruno morto...? Eu ainda não era capaz de processar aquilo. Era demais pra mim. Uma lágrima escorria dolorosamente pela minha face, enquanto eu fitava o olhar vazio de Jonas a minha frente. Renato estava do meu lado, exatamente estático como nós dois. Nós quatro havíamos crescido juntos, com uma turma de vários garotos, e nenhum conseguia acreditar que Bruno havia partido. Uma gangue. Desde o começo Jonas sabia os riscos que isso iria apresentar para cada um que participasse dela e nenhum dos integrantes havia morrido antes, mas Deus decretou à hora de um dos melhores soldados. Principalmente, melhor amigo. Original Gangsta, especializada na luta contra os Skinheads que se metiam a besta em nosso bairro. Eu nunca havia me interessado por aquela batalha, por mais que fosse um garoto encrenqueiro, mesmo que pequeno sempre encrenqueiro. Peguei a mão de Jonas com a minha, tomando-a em um aperto de parceiros de vida, amigos de infância e irmão de criação.
- Eu não vou deixar isso impune.
Disse com convicção, tendo certeza do que estava fazendo. Ele captou o que eu quis dizer e Renato também. Ambos fitaram minha face com curiosidade por um momento. Sabia muito bem que meu olhar estava carregado de tristeza e ódio. Minha mente ansiava por uma vingança, por instantes eu me esqueci de tudo, só pensava na imagem do corpo de Bruno espancado, jogado no chão da Praça Fronteira.
Jonas me encarou por um momento e então engoliu em seco.
- Você vai entrar na O.G, mano?
- Sem dúvida alguma.

Perguntou ele e depois eu respondi algo que mudaria minha vida. Sem dúvida alguma mudaria. Olhando para ambos alternadamente eu assenti.
- Não dá pra esquecer isso... o Bruno morreu, caralho!
Eu acabei por gritar e então Renato me abraçou, percebendo o quão impotente eu me sentia naquele momento. Nada iria trazê-lo de volta, nada. Foi ai que Jonas se levantou e me disse.
- Vem. Não dá pra adiar essa porra então.
Ambos crescemos nas ruas, com boas famílias, mas aprendendo coisas que não devíamos. Nunca fomos drogados, mas nos envolvemos com muita “merda”. Por isso os palavrões e as gírias eram constantes em nosso cotidiano. A idéia das gangues veio quando o irmão do Jonas Nunes – Amigo do Jonas – Foi violentado por Skins na frente da casa dele. Ele ficou possesso de ódio, mas não sabia o que fazer pra se vingar daquilo. Jonas, se inspirando em um vídeo-game que sempre jogamos, chamado Def Jam, criou uma gangue com amigos nossos para combater os grupos de Skinheads que viviam aqui no Ypê, um bairro de classe média da capital de São Paulo, localizado na Zona Leste. Segui-o, logo que ele me chamou e fomos até o quarto dele, onde ele abriu uma gaveta que continha quatro Socos Ingleses. Ele estendeu a mão, pegando a ferramenta de batalha e a depositando em minhas mãos, que eu ergui.
- Você vai precisar disso. Agora você é um irmão da O.G.
Geralmente havia cerimônias para aquele tipo de coisa, onde todo mundo bebia, zoava, jogava vídeo-game junto, ouvia música alta, fumava e ficava durante horas nisso, porém não havia tempo.
- Eu...
Queria falar algo, mas não consegui. Quando peguei a arma branca em mãos, depositei-a em meu bolso sem nem ao menos experimentá-la em meus dedos. Ela me lembrava Bruno, o que só me enraiveceu mais ainda. Eu sabia muito bem onde estava entrando e aquilo me fez pensar automaticamente em Ashley. Nada no mundo era maior do que meu amor por aquela garota e nós na verdade nem nos conhecíamos. Porém, eu não era capaz de amenizar o sentimento que tinha por ela mesmo que eu quisesse. A cada dia que se passava eu só me apaixonava mais e mais por ela, deixando de pensar em mim mesmo para dar total atenção a ela e sonhos que eu tinha ao lado dela.
Saí do quarto dele a passos largos, esperando que ele me seguisse, assim que chegamos na sala iniciei o diálogo.
- Eaí, como que vai ser? – Perguntei em um tom decidido.
- Eu vou marcar com o Chicão, um 1x1. Só você e ele.

Assenti, deixando a sala sem esperar uma resposta. Ele me ligaria quando tudo estivesse resolvido, eu sabia muito bem disso, então não havia porque ficar ali suportando todo aquele sofrimento.
Subi pela avenida, em plena tarde, chorando e sentindo olhares se fechando em mim. Estava um frio que apenas tornava tudo mais doloroso, mas eu apenas ignorei tudo e me concentrei em meus pensamentos. Eu havia me envolvido em coisas perigosas, e o medo de deixar ela... Ah, como aquilo doía. Eu nunca havia amado alguém como amava ela, eu nunca havia me dedicado tanto a uma pessoa e muito menos me sacrificado tanto por um amor que não passava da tela de um computador, mas era intenso, e eu era feliz ao lado dela, mesmo que só em sentido figurado. Quando cheguei em casa, subi para meu quarto imediatamente e ali me tranquei, esperando a ligação que iria decidir o rumo que minha vingança ia tomar.
Não consegui me segurar acordado por muito tempo. Quando dei por mim, minha mãe estava de pé ao lado de minha cama com o telefone em mão.
- É pra você. O Jonas.
- Obrigado.

Disse com a voz rouca, lutando contra minha consciência pra acordar. Esperei ela sair do quarto para dar inicio a conversa com ele. Assim que ouvi a voz dela na cozinha a conversar com minha avó, disse.
- Fala preto. – Era assim que nos tratávamos a anos, e seria assim até o dia de nossas mortes.
- Man, eu falei com aquele pau no cú.
- O que ele disse?

Eu perguntei deixando um pouco de aspereza sair em minha voz, ainda estava triste pelo fato de Bruno ter partido... Inseguro, com medo de causar dores a Ashley... um mar de sentimentos dolorosos e mesclados, que só me deixavam ainda mais nervoso.
- Vocês vão lutar, um mano a mano, sozinhos. Ele não sabe quem é você, mas dessa vez a gente vai estar por perto. Cara... a gente depende de você. Vai ser na praça, naquela capela abandonada, Sexta-feira, às 22h00min.
- Suave... – Respondi, deixando que minha voz descarregasse o peso do meu ódio.
- Se cuida mano, cola aqui amanhã pra gente decidir.

E assim ele desligou, deixando-me olhando para cima com pensamentos ruins invadindo minha mente. Apalpei meu bolso e senti o soco inglês ali. De súbito, saltei da cama, me colocando de pé ao lado dela. Liguei o computador e fui escovar os dentes enquanto as configurações eram carregadas. Cuspi, enxagüei a boca com Listerine e voltei para o quarto, me preparando para a parte mais dolorosa. Fiquei um tempo jogando alguns games enquanto Ashley não entrava, mas assim que ela ficou online contei tudo a ela. Contei sobre a morte de Bruno, contei sobre a Gangue, sobre o soco inglês, a minha participação na luta e a futura luta com Chicão, o líder dos Skinheads. Ela ficou perplexa, com raiva, chorou... eu não podia ver, mas podia sentir a dor da minha amada dentro de mim, inflamando uma culpa magnificamente enorme no meu peito. Depois que eu saí da internet, não sabia o que fazer e acabei por passar a noite em claro. Com medo. Não com medo de apanhar e sim medo de deixar Ashley com um sofrimento irreparável. Se algo acontecesse comigo... eu não sei do que ela seria capaz, e isso me amedrontava. Por fim, fechei os olhos, desejando que tudo fosse um pesadelo. Não era. E eu já devia saber que aquilo era só o começo das consequências de minha idiotice.

Tarkayn Baratheon
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