Forja Chocolate

Sejam bem vindos, campistas, à Forjas chocolate. Aqui é onde a magia acontece, entram e façam seus pedidos. Dizia uma placa em cima das forjas de Luke Crisafulli.

As forjas do Luke era uma das primeiras do imenso corredor de forjas. Em sua fachada via-se pequenas vitrines dos dois lados, onde ficavam a mostra algumas armas criadas pelo garoto, ao ficar em frente a forja encontrava-se uma placa com os dizeres "Forjas do Luke, Lulu ou chocolate, tanto faz" - O dono do local não parecia ter muita criatividade para nomes, dentro do local havia um ruído de martelo encontrando o metal constante, além do calr infernal por conta das grandes quantidades de fogo utilizado em suas forjas. Um aroma de de chocolate estava presente no recinto, quando os campistas descobriam de onde vinha tal aroma, deparava-se com um semideus, com um sorriso simpático no rosto e uma pequena barra de chocolate em sua mão, ele sempre entregava uma a seus clientes e por fim dizia gentilmente.

▬ Bem-vindo, com o que posso lhe ajudar em minha humilde forja?

Luke tinha novos pedidos para serem forjados, mas o único problema que tinha era o seu tempo, que a cada dia que se passava era menor, tinha de treinar e também sair em missões, à forja que antigamente era a sua maior prioridade ia sendo esquecida. O filho de Hefesto soltou um longo suspiro incerto e adentrou a sua área de trabalho e caminhou até o seu armário de madeira, retirou de lá algumas barras de adamantium, minério do zodíaco e bronze sagrado. Como de costume colocou cada barra metálica em um recipiente diferente e levou-as a uma enorme fornalha que ardia em chamas. Enquanto aguardava as barras serem derretidas, apanhou as suas ferramentas de trabalho e também aproveitou o tempo para pegar os moldes, duas armaduras, três espadas e uma lança.

Antes de forjas as armas ofensivas, decidiu começar primeiramente pelas armaduras. A primeira pertencia a uma antiga amiga de Luke, e por isso, decidiu começar por ela. A barra de adamantium já havia derretido e o semideus com muita calma a despejou dentro do seu molde (Que por sinal, combinava muito com o corpo de sua dona) e logo em seguida levou-o para um enorme tonel de água, onde o choque térmico faria o entediante processo de resfriamento.

Luke já havia conversado com a garota sobre as suas medidas e por isso não precisou medi-la quando iniciou o processo de moldagem. Braços, peitos, pernas e pés. Cada milímetro daquela armadura era muito bem preparado pelo forjador, que dava marteladas calculadas e certeiras na tentativa de deixar o metal mais fino e leve, porém sem tirar toda a sua qualidade metálica. Depois de alguns minutos repetindo todo aquele exaustivo processo, teve em suas mãos uma armadura leve, resistente e bela como qualquer garota que habitava os limites daquele acampamento. Antes de colocar os devidos atributos e deixar aquela arma de defesa encantada, resolveu fazer alguns entalhes em sua superfície, para deixa-la mais ainda mais belos. Com o buril em suas mãos, rabiscou suas bordas com entalhes que lembrava o nascimento de Athena e toda a sua história de vida.

Ao terminar, fechou seus olhos e de seus lábios brotou um belo sorriso. A armadura havia ficado perfeita, porém isso não significava que o pedido estava pronto, a semideusa gostaria de ter o seu novo equipamento semi-indestrutível e com o atributo ligado à eletricidade brotando de dentro de si, custaria caro a ela, porém a defesa proporcionada pela mesma. Luke pegou novamente o seu martelo e voltou a golpear a superfície da sua forja, porém desta vez fazia tudo com delicadeza e cuidado, martelava pontos certeiros do elmo e das restantes das peças. Resultado final: Depois de alguns minutos, nem o mais forte golpe do martelo do filho de Hefesto era capaz de penetrar a defesa da armadura, significava que havia concluído com sucesso um dos pedidos da filha de Athena.

Mordiscou a parte inferior de seus lábios e pegou uma arma de dar choque (muito utilizada pelos policiais mortais menos treinados) e começou a transferir a eletricidade daquele aparelho para a armadura. Como fazia isso? Simples, ativava a pistola elétrica em diferentes partes do equipamento e logo após desferia golpes com o seu martelo, repetiu esse mesmo processo até que pequenas ondas elétricas começaram a circular aquela arma defensiva. Luke sorriu, enquanto colocava a armadura em um manequim.

A primeira armadura já estava pronta e faltava agora mais uma para que Luke acabasse aquela primeira sessão de pedidos. Checou os recipientes de materiais e viu que mais uma barra de Minério do Zodíaco juntamente com uma de Bronze Sagrado. O dono daquela nova forja parecia querer algo mais obscuro, pois havia deixado claro no pedido que deveria ter detalhes em vermelhos que dava jus ao seu nome “Hell Armor”. Após ler e reler o pedido diversas vezes, despejou um pouco de Minério do Zodíaco e Bronze Sagrado dentro um novo recipiente e em seguida o balançou até que adquirisse uma cor negra, quando isso aconteceu o rapaz ficou ciente de que era hora de despejar todo aquele líquido dentro de seu respectivo molde.

Os dois materiais já derretidos e misturados foram despejados sobre o novo molde de armadura e logo em seguida levados ao tonel de água para que resfriasse e formasse um novo equipamento.

Assim como aconteceu com a ruiva, Luke também já tinha as medidas de Jin. Não precisaria se esforçar muito para terminar aquela forja, era apenas repetir o mesmo processo que acabou de fazer minutos atrás e teria novamente em suas mãos uma nova armadura, só que essa não teria todos os toques femininos da outra, seria um equipamento mais bruto, que deixasse claro aos oponentes que protegeria o seu dono a todo o custo.
Como o filho de Phobos havia pedido uma peça mais bruta, o filho de Hefesto não precisaria se esforçar muito para terminar aquele pedido. Suas marteladas sobre a superfície eram precisas e calculadas, tentava acertar apenas locais que ele julgava estar danificado, já que sempre acontecia isso durante o processo de resfriamento, por sorte, naquela forja não teve muitos danos. O filho de Hefesto sorriu e repousou o seu martelo sobre a mesa. Estava cansado, mas não havia acabado ainda. Caminhou até outro armário e pegou um pequeno balde de tinta vermelha, usaria aquela cor para fazer os detalhes da armadura. Suspirou.

A tinta avermelhada foi derramada sobre o equipamento, detalhando com perfeição a superfície negra da armadura, Luke coçou o seu queixo e estudou a forja que estava em sua frente, o vermelho parecia contrastar com a coloração “Bronze Zodiacal” da armadura – Aliás, esse não era o verdadeiro nome da cor, havia sido inventada pelo filho de Hefesto que fez uma mistura entre os nomes dos metais que deram origem a ela. Novamente a armadura esta pronta, porém não o pedido. Assim como a outra, esta também teria que ser semi-indestrutível e ter algum atributo acoplado a sua superfície, para dar algum benefício a o seu futuro dono.

Um enorme ventilador estava ligado a uma tomada, toda a rajada de vento que ele soltava estava sendo direcionada na direção da armadura, que tinha sua superfície envolvida pelas fortes brisas de vento. Logo, aquele elemento pareceu unir-se ao equipamento. Luke tinha em mãos uma armadura que protegeria o seu dono e que não o atrapalharia em seus futuros movimentos, seria como se não estivesse vestindo nada além de suas próprias roupas.

Depois disso, Luke começou a polir o metal da Hell Armor para deixar o metal mais apresentável a seu dono, estava quase terminando esse ultimo processo quando sentiu a armadura ficar mais forte, como se a semi-indestrutibilidade tomasse conta dela aos poucos. Finalmente havia acabado.

Terminada as armaduras, restava a Luke forjar espadas, escudos e lanças. Decidiu começar pelo pedido do filho de Perséfone. O minério do Zodíaco já estava separado e derretido dentro de seu recipiente na fornalha há algum tempo, por isso não precisou enrolar muito. Despejou o material líquido dentro de um molde semelhante a uma espada longa e logo no minuto seguinte o levou para dentro do tonel de água, onde deixaria mais uma vez o choque térmico contribuir com a sua parte naquela forja.

Sem perder o seu pequeno e precioso tempo que havia, Luke retirou o molde da água e assim que o abriu teve em mãos uma peça de espada rústica, era hora de leva-la a bigorna para que adquirisse um fio e ficasse mais apresentável ao filho de Perséfone, que era o dono daquela arma. Com o seu martelo, golpeou a face daquela arma para acertar alguns detalhes, na verdade não teve muito trabalho para fazer isso, pois o seu magnetismo já estava bem avançado e o garoto podia reparar as falhas da arma apenas com poucos movimentos de suas mãos. O mais difícil ali foi na hora de afiar a lâmina, todo cuidado era pouco, pois a lixa elétrica que ele usava poderia muito bem cortar a mão de alguém se entrasse em contato com a pele humana. Ainda voltou a martelar a espada novamente, só que desta vez não queria concertar defesas e sim dar mais defesa ao metal dela, ou seja, a lâmina se tornava semi-indestrutível.

Estava finalizando o pedido e faltava agora apenas transformar a espada em bracelete e acrescentar a eletricidade à sua lâmina. As mãos brilhavam e mais uma vez a espada perdeu toda a sua resistência, parecia uma folha de papel nas mãos de Luke, que sem pensar duas vezes dobou a arma até que suas pontas se encontrassem, e em seguida espremeu-as, até que virou um bracelete.

O rapaz apertou um pequeno botão que estava no bracelete e viu a mágica acontecer. Aquele acessório para as mãos rapidamente voltou para sua forma original, ou seja, espada. Levou a lâmina da arma a uma pequena máquina de dar choques e começou a desferir descargas elétricas no equipamento e em seguida começou a martela-lo, para que aquele elemento se misturasse com a forja, quando isso aconteceu, Luke sorriu e colocou a espada sobre a mesa, pois a mesma estava pronta.

Parra a lança da filha de Athena, despejou o adamantium no cabo e também nas três lâminas, sempre fazia isso com o auxílio de seu magnetismo, para que nenhuma gota do metal pulasse para fora de sua forma. Ao todo, aquela arma mediria exatamente um metro e cinquenta e teria uma safira incrustada em alguma parte de seu cabo ou ponta, assim, conferiria o atributo eletricidade à lança, deixando-a mais poderosa. Como sempre, levou aquele molde fechado ao tonel de água e assim que o metal resfriou, o rapaz levou à peça rustica a bigorna.

Pelo desenho feito da garota, sua lança teria que ter três lâminas, sendo uma delas a principal – No caso a que ficava na parte central – enquanto as outras duas serviriam apenas caso ela errasse alguns de seus futuros golpes contra os oponentes. Luke desferiu golpes certeiros e cuidadosos sobre a parte “ofensiva” do equipamento e logo em seguida passou a lixa elétrica para afia-la, sempre tomando cuidado para não perder sua mão em um acidente. Quando acabou, Luke analisou cuidadosamente a arma e desta vez com o auxílio das chamas que se encontrava no calor de sua forja, incrustou a safira onde o cabo encontrava com a lâmina. Como de imediato, a arma adquiriu pequenas correntes elétricas, estava pronta. O garoto sorriu, levando uma mão a cabeça e bagunçando seus cabelos, estava ficando exausto, porém tinha muitos pedidos para terminar e queria agradar todos os seus clientes, não podia parar agora, suspirou e caminhou novamente na direção da fornalha.

Despejou o material azulado juntamente com o negro dentro de um molde de escudo comum e após fechá-lo levou para dentro da água, quando o choque térmico cumpriu a sua parte do trato, Luke levou a peça rustica do escudo para a bigorna.

Com o seu martelo trabalhou naquela chapa zodiacal com extremo cuidado, até que a mesma perdesse uma boa parte de seu peso e grossura. Golpeou também as bordas do escudo, de modo que as mesmas ficassem lisas, dando um fim as lascas que lá se encontravam, as ultimas poderiam ferir quem utilizasse aquele equipamento, e isso não era o certo, pois o mesmo era criado para fornecer uma proteção a mais ao filho de Nemêsis.

Com o seu buril em mãos detalhou o equipamento conforme o dono havia pedido. Vários círculos formando o famoso desenho Ying Yang eram desenhados pelas bordas do escudo, o garoto ainda deixou os desenhos mais detalhados com o auxílio de tintas das cores brancas e pretas, qualquer um – até mesmo o mais sem conhecimento de todos – poderiam identificar aquela imagem com um simples olhar. Agora que tinha o escudo esteticamente pronto, deveria acrescentar alguns atributos mágicos e elementais nele, para que adquirisse mais resistência e defesa. Por sorte, o que o filho de Nemêsis havia pedido não era tão complexo quanto parecia ser, ele apenas desejava que a nova sua nova arma se tornasse semi-indestrutível. Todos pediam isso. Luke soltou um suspiro e novamente com a ajuda de seu martelo, voltou a golpear o escudo. Fez isso até que o mesmo parasse de se deformar ao receber os ataques, isso indicava que estava pronto e encantado.