Missão Narrativa Dexter

Há cinco dias eu estava caminhando em Las Vegas, acompanhado de um grupo de ceifadores. Thánatos havia ordenado que caçássemos um maldito velho semi-deus, que havia encontrado um artefato que não só o disfarçava, tornando quase impossível tanto para deuses, semi-deuses e monstros detectá-los, mas também o tornava imortal, já que nem nós (os ceifadores) nem Thánatos sabia onde ele estava, para ceifar a alma. Por um acaso alguém viu o velho perto de Manhattan, o caçávamos desde lá, mas aparentemente o artefato ainda fazia com que o velho fosse mais rápido que o normal. Depois de caçá-lo, atravessando os Estados Unidos, conseguimos encurralar o velho em Las Vegas, ele entrou correndo em um Cassino. Nem olhamos o nome do lugar, esse foi nosso erro.

DIA 1

Entramos no lugar e Allun disse que cuidaria da saída, só havia uma, aparentemente, Hikaru foi para a frente dos elevadores vigiar e Kennedy resolveu ir para a cozinha, evitar que ele saísse por lá, caso houvesse uma saída lá. Eu iria, nos infinitos andares do lugar, pela escada, procurando um por um. Eu sempre gostei dessa função de gato e rato. Eu queria saber o que mais aquele velho tinha de poderes, por meio daquele maldito artefato. Achei que seria emocionante, mas, sinceramente, depois do sétimo andar eu já estava morto de cansado. Fora que era inutil, me sentei nos degraus entre o 7º e o 8º andar. De repente uma moça com roupinhas curtas e uma bandeja com cheeseburguers vem subindo e me encontra, ela dá um sorriso e fala:

- Boa Noite senhor! Seja bem-vindo ao Cassino Lótus, temos aqui alguns aperitivos! - Ela tinha aquele sorriso de garota propaganda de pasta de dente.

- Ham obrigado, mas não tenho dinheiro. - Sorri para ela, era bonita, lembrava Lisbeth.

- É cortesia do Hotel e Cassino Lótus, senhor! - Ok, isso era muito estranho, peguei a comida e abri, fingindo que ia comer, logo percebi que aquela mulher não ia se afastar enquanto eu não comesse, fingi que estava comendo e bebendo até ela se afastar, então joguei tudo longe. Ok, jura, que o hotel ia ficar cuidando eu subindo as escadinhas, pelas câmeras que eu não enxerguei pra mandar uma moça vir subindo os malditos oito andares a pé, para me entregar um cheeseburguer com refrigerante. Eu estava faminto, mas ainda não tinha virado um neandertal. Desci correndo as escadas, para baixo todo deus ajuda (é o que eu sempre digo), para avisar os outros. Mas era tarde demais. Quando desci percebi Allun jogando ping-pong virtual com uma só mão, comendo um cheeseburguer e tomando um Milk-Shake. Virei o rosto e vi Hikaru e Kennedy lutando num jogo chamado Cyber Gladiator 3d Reality expansion master plus phoenix edition. Demorei tempo para conseguir ler o nome todo. Observei que um cara parrudo e alto, com corte de cabelo militar, me observava por trás dos óculos escuros. Ele vestia um terno preto e usava óculos da mesma cor. Olhei por um segundo e sai correndo em direção de uma máquina de caça de cervos, com um martelo. Você entrava em uma arena com piso todo ensaboado e os bichinhos apareciam de todos os lados, você deveria sair correndo e bater na cabeça deles com a marretinha. Ok, eu já estava a não sei quanto tempo batendo na cabeça daqueles veadinhos, tenho que admitir que era bem divertido, de tempos em tempos vinha uma moça me trazer um lanche. Eu fingia que comia, esperava o pessoal estar distraído e enfiava num daqueles buracos que saiam a cabeça dos veados. Depois de algum tempo, eu fui caminhando, fingindo que ia para um outro brinquedo e corri para dentro do elevador. Aproveitando a distração dos seguranças. Caminhei até um quarto, abri a porta, arrombando-a, me sentei na cama e tirei da minha mochila a minha ração de viagem. Comi tristemente, lembrando de todos os hamburguers que joguei fora. Depois tranquei a porta, colocando a cama na frente dela. Pensei em fugir pela janela, eu sabia voar afinal, mas não podia deixar os outros ali. Dormi, esperando que no outro dia, mais descansado, eu tivesse uma ideia de como libertá-los.

Dia 2
Acordei com um som esquisito, pareciam: arranhões? Caminhei lentamente até a porta, saquei minha espada e fiz o manto das sombras se tornar um boné vermelho do Yankes, Jeans rasgados e um canguru, além de meus all-star vermelho. Olhei pelo buraco da fechadura e vi um filhote de Pug arranhando a porta, tentando entrar. Olhei bem àqueles olhos esbugalhados e tristes e tive pena, mas não ia abrir nem a pau. Podia ser um cão infernal, podia ser uma tática para me fazer sair do quarto, fora que eu estava com um cheiro de chulé violento, precisava de um banho. Caminhei até o banheiro, vi uma maravilhosa banheira com sais de banho e tudo. Não usei os sais por medo de terem alguma magia também, fiz chover dentro da banheira com os poderes de Zeus. Era a coisa mais bizarra que eu já tinha feito para tomar banho. Peguei todas as minhas coisas, coloquei a minha volta, tranquei a porta e coloquei a pia (sim eu a arranquei da parede a espadadas) na frente da porta e comecei a me lavar. Fazia tempo que eu não me sentia tão bem.

Depois de algum tempo lavando o corpo me sequei com minha toalha, vesti uma cueca e mandei o manto se tornar a mesma roupa de outrora. Caminhei até a porta e não vi cachorro algum, ao olhar pelo buraco da fechadura, abri e caminhei para o corredor com minha mochila nas costas. Fui até o saguão pelo elevador e sai, olhei e percebi que todos os meus amigos ainda estavam com as mochilas nas costas, ao que tu indica eles não tinham parado de jogar desde ontem.

Já era hora de tentar alguma coisa drástica, fui até Allun, que ainda jogava o Cyber Gladiator 3d Reality expansion master plus phoenix edition e ao chegar perto dele esbarrei e, discretamente, descarreguei uma corrente elétrica. Fazendo o garoto tomar um forte choque. Esperava, com isso, removê-lo do transe. Falei baixo:

- Me siga!

Ele parecia meio tonto, me seguiu até o canto da sala, onde uma montanha de garotos jogava uma espécie de futebol americano virtual, que não fiquei observando, o que importava é que eles cortavam a visão dos guardas, nos dando um momento de distração. Olhei nos olhos de Allun e, antes que eu pudesse falar qualquer coisa, ele disparou:

- Tem algum videogame escondido por aqui?

Percebi que minha tática não havia funcionado, para não chamar atenção o abandonei ali mesmo e fui para a cozinha. Não sabia o que fazer, mas uma coisa era certa, eu precisava tirá-los dali. Haviam muitos guardas e eu não fazia ideia de quantos daqueles garotos podiam ser monstros, não poderia simplesmente puxá-los para fora. Eu precisava de uma estratégia, mas antes eu precisava saber o que era humano e o que não era e eu tinha uma ideia.

Caminhei até o restaurante, observando o sistema anti-incendio, diversos "burrifadores" de água por todo o salão, bastava ativar qualquer um do andar e tudo dispararia, molhando todo o salão, uma corrente elétrica grande o suficiente para causar um choque em todos me ajudaria a ver através da névoa, que ali era evidentemente mais forte, me ajudando a descobrir, de vez, quem eram os monstros e quem eram as pessoas. Não podia salvar todas, mas eu precisava de uma noção de quantos inimigos tinha. No restaurante pedi um cachorro-quente, que foi prontamente servido, ao caminhar de volta para o salão soltei uma descarga elétrica no sistema de incendio, ativando-o, sem me mover, esperei a água acertar a todos e movi a eletricidade que alimentava as máquinas para uma descarga forte suficiente para atordoar um ser humano sem machucá-lo. Fingi ter sido eletrocutado também e vi claramente a imagem dos seguranças borrarem, os atendentes eram humanos. Apenas os seguranças eram monstros.

Prontamente os atendentes trouxeram uma porção de batatas-fritas com cheddar e bacon para cada um dos presentes e abriram um buffet de sorvete, enquanto cerca de quarenta faxineiras limpavam tudo. Pediam desculpas pelo ocorrido, os seguranças procuravam o responsável, entrei na multidão, usei a confusão para ir para os elevadores, achei que um segurança tinha me visto, mas cheguei a um quarto são e salvo. Esperaria pelo outro dia agora.