Ataque a escola! [Missão onepost aberta]

As horas passaram como um raio, e agora as ferramentas estavam limpas e já sendo guardadas, a noite fora bem animada para construir aquele novo sistema de musica individual para o beliche de Adan, que o rapaz agora olhava e sorria como quem acaba de pintar uma obra de arte. Guardou as chaves de fenda e Philips na pequena estante posicionando-as por tamanho, e ao lado das mesmas, o martelo de meio quilo que pegara emprestado. O de forja ganhado do pai era um tanto quanto pesado demais para aquele trabalho delicado. Foi então que se espreguiçou e olhou para o relógio como se o dia ainda estivesse longe, mas quase caíra para frente ao ver o mostrador indicar sete e quinze da manhã. Nada pode fazer além de suspirar e esperar que pudesse dormir um pouco.
Deitou-se então e ficou a fitar o teto com os dedos entrelaçados na nuca enquanto ia deixando a endorfina acumulada por toda a noite fazer seu efeito e colocá-lo para dormir como uma pedra. Seus olhos por fim se fecharam e a respiração ficou mais tranquila e compassada, em seus sonhos, vira uma escola, com todo o tipo de monstros a atacar a mesma. Uma dracaenae arrastava uma menina pelos cabelos e ria histericamente carregando uma espada enquanto deslizava o corpo reptiliano pelo assoalho da quadra de basquete. Mas não durara muito, os olhos se abriam com a porta do chalé de Hefesto a bater e algo irromper para dentro gritando. Adan apenas se fez virar o corpo para atendê-lo com os olhos ainda entreabertos e levemente ofuscados.
— Ataque... O prim.. Casa Grande... Rápido... – disse o satiro ofegante, e o campista não entendera bem o que o pequeno falava, mas tratando-se das meias palavras, pegou seus pertences e uma boa doze de café expresso e foi para a casa grande. Fora informado dos detalhes de forma ligeira, e apenas o essencial para que subisse na van e rumasse para a escola em Manhattan atrás de alguns monstros. Ok, vários monstros. Havia ali campistas novatos e mais velhos, mas nada impediu Adan de pegar a janela. Seria medo de levar uma pancada de seu martelo? Não importava, ao seu lado, sentou-se uma novata, que não fosse o sono que ainda sentia, teria chamado a atenção dele um pouco mais.
Por fim, tinham sua partida, e pelo “andar da carruagem“, Adan cochilava mais uma vez, e os balanços o levaram a cair levemente por cima de Cosset a empurrando um pouco para o lado, e com outro solavanco, despertava e batia a cabeça no vidro.
— Hmm, desculpe... Novata, não é? Adan Evans, filho de Hefesto. – disse ele com certa naturalidade e estendeu a mão a mesma. Pelo que via, ela aparentava estar um pouco nervosa, a primeira missão talvez. Os outros campistas dormiam e faziam suas badernas tentando aliviar a tensão enquanto não chegavam, mas Adan apenas se apresentou a ela e manteve a concentração.
“O espírito é como uma barra de aço, deve ser malhado com força e calma para que não trinque, aquecido na paixão para que se torne adaptável aos momentos difíceis, resfriado nas alegrias e entalhado com os momentos inesquecíveis que levamos, para que se tornando uma lamina forte possamos proteger os companheiros das nossas jornadas.” – dizia mentalmente. Não se lembrava de onde tinha visto algo assim, mas gostava, principalmente das citações da forja.
Tocou a mão de Cosset ao que a van parava e sorriu para ela confiante. — Anime-se, vamos lá. Vamos fazer um trato, se voltarmos farei alguma coisa pra você. Isso é uma promessa, acha que consegue cumpri-la? – sussurrou, e logo que largou a mão da mesma, saltou da van e foi em direção à entrada da escola com seu machado em mãos, hora de brincar.
Os corredores para a quadra estavam vazios e silenciosos demais para um lugar que fora dito cheio de monstros. Foi então que prendeu o machado na cintura e calçou as luvas de aço dadas por seu pai e chocou os próprios punhos um contra o outro, e então o boné preto, que apenas marcava o disfarce de um poderoso elmo. Avançou carregando o machado novamente na destra. Ao que empurrou a porta, uma empousai saltou sobre Adan, de forma que ele não esperava, porem estava longe o suficiente para que pudesse usar a lateral do machado para se defender da mesma, fechou a canhota com força, e então desferiu o soco contra a testa do monstro fazendo a estranha criatura recuar dois passos, ela mostrava as presas e avançava novamente usando de suas garras uma, duas... Adan se esquivou, mas o terceiro golpe o acertou no peito fazendo um corte que o deixou irritado. Clicou o bracelete em sua canhota o transformando num escudo e afastou a lamina para trás investindo mais uma vez contra o monstro, a empousai golpeou outra vez, apenas para encontrar o escudo que forçou a abertura da guarda da mesma, e logo, um golpe vertical do machado de baixo para cima retalhava-a e jogava no chão. Ela se contorceu um pouco pelo veneno, mas logo se desfez em pó. O corte no peito ardia um pouco, e Adan precisou parar para analisar a situação presente com os outros campistas que estavam ali. Um rosto conhecido lutava contra uma dracaenae, e outra empousai corria para atacar Cosset pelas costas. O rapaz disparou, seria uma vida curta demais para ela, mesmo não a conhecendo, não a deixaria morrer naquele instante, então o golpe foi forçado contra o escudo, mas o impacto, um pouco maior do que ele pode suprir, forçando-o um passo para trás e a vazão de uma das garras que o cortou na bochecha.
— Péssima hora pra pensar em quebrar a promessa, Cosset. – riu um pouco e forçou a dracaenae a se afastar, um cão infernal tentou aproximar-se, mas a mesma mão que possuía o escudo, o levou a arremessar o martelo de forja na direção do focinho do enorme rotweiler. Adan não teve tempo para calcular seus erros ou acertos, uma vez que precisou se esquivar de mais alguns golpes da empousai antes de poder enxergar uma abertura. Estava ficando complicado demais para uma criatura como aquela, onde estava todo o treinamento pelo qual passara? Largou o escudo de imediato e agarrou a adaga com a qual todos os campistas eram presenteados por chegarem lá vivos, e num giro, fez o corte que trouxera sua vitória. A abertura fora fatal, e o golpe seguinte se resumiu ao machado ser cravado no meio do tronco do monstro. Descanso? Isso não existia em uma batalha com mais de um monstro, e a sombra já cobria Adan por completo assim como Cosset também, e sem pensar na própria segurança, empurrou a moça com o ombro a tirando da trajetória do cão infernal que agora voltava furioso. O rotweiler derrubara o campista e o impedia de usar seu machado, assim como se livrar desse, já não tinha mais tanta força corporal pelo cansaço de esquivar e golpear rapidamente. No fim das contas, ainda era um humano. Usou então de suas ultimas forças para tentar algo e usar sua habilidade sobre o magnetismo para convocar seu martelo antes que fosse tarde demais, o cão avançava para morder, porem o martelo mais uma vez o atingia e caía mais próximo de Adan. Alcançar a arma e golpear o maxilar enorme fora simples apartir dali, o golpe visou um deslocamento da mandíbula, impedindo-o assim de morder, porem ainda precisava encontrar uma forma de sair dali, mas antes que pudesse pensar em algo, o rotweiler do tamanho de um carro popular estava dissolvido em pó.
Adan não viu quem o fizera, mas agora os outros campistas já podiam dar conta de todo o resto. Guardou suas armas na cintura e se levantou com um pouco de dificuldade. Alcançou o escudo fazendo-o outra vez um bracelete. Cosset o ajudara a caminhar para a saída em seguida, e tudo que teve tempo de fazer quase caindo de sono, foi sussurrar para ela com um breve sorriso.
— Acho que te devo algo...

Armas e Habilidades: