Treinos da Hanna'

por Convidad Sáb Dez 17, 2011 3:17 pm

O que eu posso dizer? Bom, que eu estava uns dez quilos mais gorda. Haviam servido churrasco no almoço, e eu fui uma das últimas a deixar o refeitório. Fazer o quê, sou uma menina desnutrida. De qualquer forma, achei que ir lutar na arena não seria uma boa ideia. Eu ia acabar vomitando... Vomitar não é legal. Eu também não ia aguentar passar umas horas no meu chalé, tenho certeza que se eu matasse um dos meus irmãos eu ia ser punida. A vida é uma porcaria e muito injusta.
Resolvi ir para os estábulos. Lá estava uma filha de Afrodite, escovando a crina de um dos coitados e colocando lacinhos cor-de-rosa. Não era por intuição que eu sabia que aquele pégaso era macho. Sussurrei para ele "Lamento muito", e me dirigi à última cela, do lado esquerdo.
- ACORDA, PREGUIÇOSO!
Até a filha de Afrodite se assustou com o meu grito. O pégaso castanho-avermelhado ergueu a cabeça e relinchou ao me ver. Cocei sua cabeça. Sunsky era o meu favorito. Sempre voava com ele. Talvez porque meu pai tenha criado os seres equinos, sei lá. Peguei a corda em seu pescoço e fui conduzindo-o ao gramado, ar livre. Montei nele e me segurei nas cordas. O pégaso começou a correr para pegar impulso. A sensação era ótima. Em alguns segundos, estávamos subindo, já acima das árvores. Eu podia observar todo o Acampamento. Me sentia feliz e livre como nunca.

Alguns minutos depois, quando eu estava no auge do prazer, com todo aquele vento em meu rosto; percebi que o ar sobre a floresta, perto do rio, estava ficando mais quente. Pude sentir Sunsky ficando mais tenso e voando cada vez mais baixo. Quando já estávamos a uns cinco metros do chão, Sunsky me derrubou. Caí de costas no chão e lancei um olhar raivoso para o pégaso, que já havia pousado e balançava a cauda. Levantei e andei até ele, e antes que eu pudesse começar o sermão de "Por que você fez isso?", virei-me pra olhar também o que o chamava tanto a atenção de Sunsky. Do meio da floresta saía a combinação mais estranha que eu já tinha visto, cabeça de leão, corpo de burro e calda de serpente. Franzi o nariz, a monstro fedia a queimado.
- Ok, Sunsky, eu já vi muitas coisas feias, mas isso daí já é sacanagem.
A fera rosnou pra mim. Desembanhei a espada elétrica e fiz um gesto com a mão para que Sunsky fosse embora. Por eu ser filha de Poseidon, achei que ele ficaria para me proteger, mas nãããão, tinha que ser um bicho medroso. Era Hanna Mitchell por ela mesma, em uma luta contra a própria Quimera; um monstro "cuspidor" (essa palavra existe, afinal de contas?) de fogo e venenoso. Balancei a espada na frente do mosntro, que rosnou. Claro que eu rosnei também, adoro imitar monstros. Talvez a Quimera não tivesse senso de humor ou coisa do tipo, porque a minha imitação o deixou com raiva, e começou a correr em minha direção. Não tive outra escolha, a não ser fugir (quero dizer, eu poderia ter agido como uma semideusa corajosa e ter ido enfrentar o monstro, mas...). O ar esquentou atrás de mim, e percebi que minhas roupas estavam queimando. Me senti agradecida por meu pai ser o deus dos mares e eu não ter virado biscoito de Hanna queimado. Quando senti a fera mais perto de mim, virei e espetei o seu olho. Um choque percorreu pelo monstro, me dando tempo de olhar a sua cara de leão. Fiquei arrepiada só de ter visto sua juba untada de sangue. Quantos heróis não haviam morrido lutando contra a Quimera? Sinto muito informá-lo, mas eu não vou entrar nessa lista.
Suspirei e tentei encontrar um pouco de coragem dentro de mim. Nesse meio tempo, a Quimera pulou em cima de mim, babando no meu braço. Queria eu que fosse só saliva, mas era veneno. Sentia meu braço doer de uma forma horrível, além do que não é agradável ter um monstro com o peso de um carro sobre você. Usei o braço que não estava envenenado (por sorte, o direito) e cravei no pescoço duro da Quimera, com toda a força que eu tinha. O lado esquerdo do meu corpo estava doendo demais, ardendo loucamente. A Quimera rugia e se balançava com o choque. Tentei me colocar de pé, mas fiz uma coisa muito idiota: me apoeiei no braço ruim. Caí na mesma hora, olhando a besta se sacudindo. Ri um pouco ao pensar que ela poderia estar dançando.
"Faça alguma coisa, garota!" Uma voz masculina ecoou em meus pensamentos.
- Papai? - Chamei, mas quem olhou foi a Quimera. Ela ainda estava eletrocutada, então não podia me atacar. Por outro lado, ela ainda andava. Meu adversário era um monstro lento, então pude me concentrar nas ondas do mar, no que me deixava feliz. Da minha mão uma água azul brotou e começou a correr pelo meu braço dolorido, fazendo com que eu me sentisse muito melhor. Deu tempo suficiente de apertar o pingente da minha pulseira, vê-la se transformar em um tridente reluzente e pude usar a força para cravar as três pontas na cabeça da Quimera.
E, de repente, eu estava sozinha.
Fiz com que meu tridente voltasse a ser uma pulseira e saí correndo para o lado, tirando minha blusa e caindo alí mesmo. Na água eu sempre podia me sentir melhor.

Poderes e Armas Utilizados:

por **Caos** Seg Dez 19, 2011 1:17 am

Avaliação da Arena

Hanna - 20 Exp - Gostei do seu treino. Você narrou muito bem seus sentimentos, mas a sua luta não ficou tão emocionante assim. E, também, você matou uma Quimera, Quimera não se mata tão fácil, principalmente no level 4. Outra coisa, usou palavras que deixou o texto pobre, como por exemplo: Sacanagem. Aquilo deixou o texto chato de lê, então evite de usar essas palavras, e procure um monstro melhor para lutar. Fora isso seu post ficou incrível.

ϟ Atualizado ϟ

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Re: Treinos da Hanna'