Alvorada dos Corvos - Parte 1 - Final

Relembrando a primeira mensagem :

OFF: Andrew, você não foi escolhido como ceifador porque não seguiu as regras, deixei claro que quem quisesse ser deveria, antes de tudo, sair dos grupos a que pertence. Assim como o Siegrain e a Carmen fizeram. Se quiser se tornar um ceifador deve fazer o mesmo que os outros.

ON:
De repente a luz da caverna se acende, uma luz púrpura claro emana de todas as paredes, deixando o local muito iluminado, deixando-o quase branco. Os garotos percebem que estão com confortáveis calças negras, do estilo das de Kimono e todos estão com camisetas negras, sem mangas, do tamanho perfeito para cada um, a roupa era muito confortável. Sob os pés eles sentem que estão sem calçados, mas delicadas pétalas de Lótus negra faziam um gostoso tapete para os campistas, eles se sentiam totalmente descansados e regenerados. A Lótus Negra supostamente não é possível ser produzida, pois ela é uma flor de morte, as flores representam a vida, dizem que o dia que Tanatos e Perséfone resolverem fazer uma flor, essa flor seria a Lótus Negra.


Ao caminharem os garotos começam a escutar uma música muito bela, até um pouco triste, na frente deles se abre um corredor iluminado, que leva a uma sala escura, a luz de velas. Ao olharem em volta os garotos percebem que não há mais nada, mais nenhum caminho, mais caverna, apenas a profunda escuridão e a música. A única luz é emanada de seus próprios corpos, o que dá uma sensação dúbia, que mistura o fato de eles serem a coisa mais importante ali, seus próprios corpos emanam a luz que os ilumina parcamente, mas a escuridão é tão grande, poderia os consumir agora mesmo, se quisesse. Os mantos do outro grupo abandona seus corpos, revelando os campistas, na realidade era tudo uma ilusão.

Estavam ali reunidos Melissa (Campista de Hades), Andr (Caçadora), Carmen (Campista de Hades), Siegrain (Campista de Dionisio) e Andrew (Campista de Athena), eles se olharam e entenderam que estavam todos em teste, a música os colocava em silêncio, eles não foram capazes de pronunciar nenhuma palavra, mesmo que tentassem suas gargantas não pronunciariam nenhuma voz. Sua voz morreria lá dentro, como um aviso que o silêncio era solicitado.

Música que toca no local:


Os garotos se sentem impelidos a avançar, indo em direção ao corredor eles encontram um aposento iluminado, parecia na verdade uma velha casa, com o cheiro característico de Lótus, ao fundo um homem tocava a melodia que eles escutavam. A melodia acaba no exato momento que eles entram no aposento, o homem se vira no banco, olha para os cinco e sorri paternalmente. Quem já o conhecia sabe que ele é Tanatos, senhor da Morte, o invisível, o Ceifador, A Morte. Quem não o conhecia agora tem certeza o que tem na sua frente. Tem certeza que nunca houve espada, nunca houve mortal, era o desejo do deus que os cinco estivessem ali, um falhou e sumiu, todos tiveram a sensação que deveria ser duas vezes o número sagrado, mas um não conseguiu chegar ao final. Quem seria esse um? Ninguém, a não ser o deus, sabia isso.


- Sejam bem-vindos, é um prazer revê-los. Sim revê-los, afinal eu acompanhei vocês suas vidas todas.

Um pensamento perpassou a mente de todos, talvez um misto de orgulho e medo, talvez mais de um do que de outro. Todos sentiam o poder gigantesco daquele deus que ali estava, mais antigo do que alguns titãs, mais poderoso do que a mente dos mortais poderia imaginar, o deus mais temido, talvez, e, por isso, o menos louvado de todos. Nem por isso seu poder diminuira através dos séculos, ele continuava ali, aquela força ancestral. Ele sorriu carinhosamente e os garotos sentiram que poderiam falar agora. Um alivio percorreu seus corpos, lentamente eles voltavam a um estado de consciência, que os fora negado anteriormente. Antes que Andr pudesse falar qualquer coisa, como era de seu feitio, Tanatos prosseguiu:

- Andrew, eu gostaria muito que você, assim como os outros, se torne meu filho, mas deves negar essa sua sina. Deves negar os cupidos. - O deus sorriu carinhoso e prosseguiu seu discurso. - Quem, entre vocês, está preparado para o que planejei desde o momento da primeira tecelagem? Há anos que não escolho nenhum ceifador, no entanto nessa sala há quatro pessoas que poderão se tornar. Infelizmente Andr, por definição, ninguém que já foi caçadora poderá ser Ceifador, você não pode provar da imortalidade, como mortal, duas vezes. Mas os outros, quem está preparado para ser fiel, e me ter como um pai carinho, ao seu lado?

Melissa voou perto do esqueleto e, em um rasante, acertou o peito do monstro, ele se tornou pó no primeiro golpe, mas soltou um ganido forte, alto e agudo, parecia um ganido de um cão, se não fosse o manto sombrio os cabelos dos ceifadores teriam se arrepiado e alguns, quem sabe, precisariam trocar as calças.

Algo ficou claro, o elemento surpresa, com certeza, já era. Todos voaram em direção do castelo, mas haveria ainda muito a enfrentar, ou será que o caminho até Perséfone estava, finalmente, limpo? Um bom cheiro de frutas e rosas chegou até os garotos, era o jardim, logo a frente, eles finalmente perceberam que estavam com fome, mas mais do que isso, Andrew, antes de qualquer um, percebeu uma pequena tropa de homens esqueletos armados de rifles, arcos e lanças. Deveriam ser seis no total. Logo todos perceberam a cena, chegava o momento da batalha, ou de uma social com um bando de esqueletos, quem sabe? Talvez essa segunda opção nos melhores sonhos dos garotos.

Os dois esqueletos armados com Rifle miraram em Siegrain e Melissa e atiraram a vontade, aparentemente tinham muitas balas, pois não pararam por algum tempo. Os de arco perceberam a aproximação de Andrew e não perderam tempo, lançando saraivada atrás de saraivada de flechas, tentando derrubar o corvo. Por algum tipo de magia, ou coisa que o valha, os esqueletos não acertaram os corvos, o que pode ser considerado um alívio, mas acertaram alguns dos garotos. Andrew estava perto o suficiente para atacar e Siegrain e Melissa estavam longe o suficiente para fugir, Carmen vinha logo atrás.

Andrew conseguiu eliminar três dos seis esqueletos, as ossadas que os formavam cairam no chão inanimadas. Os outros três ainda tentaram acertar os garotos, mas falharam, os tiros passaram longe e as flechas não os alcançaram, Andrew ainda levou mais uma flecha, de raspão. Os garotos finalmente tiveram um minuto de paz, estavam a 10 minutos de voo do castelo de Hades, estavam alcançando seu objetivo.

Andrew estava com uma flecha cravada na coxa esquerda, Melissa com uma bala alojada na terceira costela do lado esquerdo e Siegrain com uma bala alojada no ombro direito. Eles precisavam dar uma parada, se recuperar, fazer os primeiros socorros, campistas experientes sabem que balas alojadas estão muito quentes, precisam ser removidas ou, no mínimo o ferimento deve ser estancado, o mesmo para a flecha de Andrew.

Viam o castelo ao longe, perto do jardim, em um lugar mais aberto Melissa pode enxergar uma clareira com um caminho que passava ao lado do castelo e levava a algum lugar. Havia uma espécie de floresta morta ao lado esquerdo, essa clareira citada ao lado direito, o jardim, com seu labirinto de flores por toda a frente do castelo e quase à entrada do castelo havia uma pequena entrada que lembrava um boeiro de esgoto, mas era óbvio que Hades não precisava de um esgoto ali. Isso era tudo que os garotos puderam ver ao se aproximar.

Lembro que os jogadores só têm mais 12h para postar.
Um abraço carinhoso!

Os garotos pousaram na clareira, eles sentiam que estavam sendo observados a todo tempo, desde que pousaram, mas não conseguiam enxergar ninguém. A grama sob os pés deles estava bem aparada e passava uma sensação gostosa, mas essa sensação se tornava opressora, com tudo o que lhes ocorria. Um pio alto e claro, provavelmente de uma coruja, rompeu o silêncio, depois os garotos puderam escutar, ao longe, balidos de carneiros eram escutados, talvez alguém se lembre que o carneiro é o animal símbolo do deus dos mortos, Hades.

As árvores à volta projetavam sombras, o submundo é razoavelmente iluminado, um tipo de iluminação natural e sobrenatural, haviam algumas pedras grandes o suficiente para os garotos sentarem, fora os sons já citados, tudo estava quieto.

12h horas jogadores, 12h para a sua morte.

Carmen puxou a flecha da perna de Andrew, provavelmente deixando o garoto manco para sempre (flechas para a remoção devem ser atravessadas e não arrancadas, o normal é, quando não se tem um médico, quebrar a haste e fazer o curativo por cima da flecha), ele desmaiou de dor. Segundos depois Melissa caiu na pedra próxima e e Siegrain removeu a bala de sua costela, por causa da inaptidão ele aumentou o ferimento, causando um sangramento maior. Um barulho rápido vindo das árvores próximas, tiros de flechas e de armas de fogo partiram para cima dos garotos. Andrew por estar caído desmaiado não foi atingido, Melissa estava protegida pela pedra e Carmen foi rápida em ir para o mesmo local, Siegrain conseguiu se jogar com dificuldade para trás da pedra. Da floresta começaram a vir gritos e barulhos que se assemelhavam com explosões, então das sombras saiu "uma sombra". Os garotos por já estarem acostumados perceberam que era alguém vestido com um manto como o deles, um ceifador. Andrew acorda, venda a imagem do ceifador na sua frente, a floresta estava calma agora.


OFF: EU JÁ TINHA ESCRITO UM POST ENORME QUANDO SIEGRAIN POSTOU, SE SALVOU DA MORTE POR POUCO!